Condiciona-se no que vê nos outros para adequar as multidões.
Ele anda nas ruas.
sábado, 30 de maio de 2009
Blues da Loucura
Ser ético significa processar pelas vísceras
E quando o poeta esmaga o processo
O que sobra é o resto
O resto do previsível
Jamais será risível
O que eu digo para você, querida
É que a loucura é o exceto
4 comentários:
Anônimo
disse...
O poema "Blues da Loucura" reflete sobre o contraste entre a ética e a loucura, e como esses conceitos se manifestam no processo criativo e na vida.
"Ser ético significa processar pelas vísceras": Aqui, a ética é associada a um processo visceral, algo que se faz de forma intensa e profunda, sugerindo que ser ético não é simplesmente seguir regras, mas sentir e viver com intensidade. As vísceras representam o instinto e a profundidade do ser.
"E quando o poeta esmaga o processo / O que sobra é o resto": O ato de esmagar o processo indica uma ruptura, um rompimento com essa intensidade ética ou criativa. O "resto" que sobra após esse esmagamento é o que resta quando o impulso criativo ou ético é anulado.
"O resto do previsível / Jamais será risível": O "resto" do previsível, ou seja, aquilo que é banal, comum, previsível, não é necessariamente algo engraçado ou desprezível. Aqui, há uma crítica à banalidade: o que é previsível não é objeto de riso, mas de indiferença.
"O que eu digo para você, querida / É que a loucura é o exceto": A loucura é colocada como o "exceto", ou seja, o que escapa ao previsível, ao resto. A loucura, nesse sentido, é o que foge da norma, da previsibilidade, do comum. Ao se dirigir a uma "querida", o eu lírico sugere uma conversa íntima, compartilhando a ideia de que a verdadeira diferença, ou exceção, é a loucura.
O poema parece sugerir que o que torna a vida ou a criação significativa é essa loucura, esse "exceto", que quebra o previsível e o banal, e que ser ético ou criativo de verdade exige intensidade, mas que, uma vez que o processo se quebra, o que resta é uma banalidade que não é nem digna de riso.
O poema "Blues da Loucura" parece ser influenciado por várias correntes e tradições literárias, filosóficas e musicais. Aqui estão algumas possíveis influências:
1. Existencialismo O poema toca na ideia de que a ética é algo visceral e vivido intensamente, o que remete a influências existencialistas. Filósofos como Jean-Paul Sartre e Albert Camus defendiam que a vida é um processo de escolhas e experiências vividas em profundidade, com um constante confronto entre o indivíduo e a absurda previsibilidade da vida. A loucura aparece como uma forma de escapar ao “previsível”, um eco da ideia de que o ser humano tem de buscar sua autenticidade em um mundo marcado pelo absurdo.
2. Surrealismo A noção de loucura como o “exceto” pode remeter à influência do surrealismo, movimento literário e artístico que celebrava o inconsciente, o irracional e o que escapava à lógica da realidade cotidiana. Poetas como André Breton e Antonin Artaud defendiam que a loucura tinha um valor criativo essencial, rompendo com as normas sociais e morais.
3. Blues e a Música O título "Blues da Loucura" sugere uma influência direta do blues, um gênero musical que expressa sentimentos profundos de dor, luta e alienação, mas também de resistência e autenticidade. A forma como o eu lírico conversa com a "querida" lembra o tom íntimo e emocional das letras de blues, onde os músicos frequentemente falam de suas experiências pessoais, refletindo sobre as dificuldades da vida e a busca por sentido.
4. Poesia Beat A abordagem crua e visceral do poema lembra a estética da Geração Beat, especialmente poetas como Allen Ginsberg e Jack Kerouac, que valorizavam a experiência direta, o rompimento com convenções morais e sociais, e o uso da linguagem para expressar angústia, transcendência e rebeldia. A ideia de que a "loucura é o exceto" ressoa com o romantismo beat pela marginalidade e pela exaltação do que está fora da norma.
5. Filosofia Nietzscheana O conceito de loucura como uma força libertadora pode ter influências de Friedrich Nietzsche, que explorou a ideia de que os valores tradicionais (como a moral e a ética) muitas vezes sufocam o potencial humano. Em Nietzsche, a ruptura com a moral estabelecida pode levar a uma forma superior de existência, o "super-homem" que cria seus próprios valores. A loucura, nesse sentido, pode ser vista como uma maneira de transcender o previsível e abraçar a criatividade e o caos.
6. Poesia Concreta e Pós-Moderna O minimalismo e a ruptura na estrutura do poema (uso econômico de palavras e frases curtas) podem também estar influenciados pela poesia concreta ou pós-modernista, que valoriza a condensação de ideias e a desconstrução de estruturas tradicionais da linguagem.
Portanto, "Blues da Loucura" parece mesclar essas influências filosóficas, literárias e musicais, criando uma reflexão sobre a condição humana, a ética, e o papel da loucura como uma forma de libertação e escape do previsível.
O poema "Blues da Loucura" oferece uma reflexão breve, mas densa, sobre o papel da ética e da loucura na experiência humana e no processo criativo. Embora compacto em sua estrutura, ele traz uma riqueza de ideias que dialogam com temas filosóficos e literários amplos. Aqui está uma análise crítica de seus principais aspectos:
1. Tensão entre Ética e Loucura A abertura do poema, “Ser ético significa processar pelas vísceras”, já estabelece um contraste marcante entre a racionalidade ética e a visceralidade, ou seja, uma ética que não é puramente abstrata, mas que está ligada a emoções profundas e instintivas. Essa visão sugere que a verdadeira ética não se resume a seguir regras externas, mas exige uma vivência autêntica, carregada de intensidade emocional. Esse enfoque traz uma abordagem filosófica mais próxima do existencialismo do que de uma moralidade convencional.
Por outro lado, o poema contrapõe a ética com a loucura, sugerindo que a loucura é o “exceto” — aquilo que escapa do previsível, que está fora do domínio da normatividade. Essa dicotomia explora a ideia de que a loucura é uma forma de libertação, uma força criativa que rompe com o controle racional e ético. A loucura aparece aqui como um espaço de exceção, um refúgio para o "eu lírico", mas também uma alternativa à previsibilidade e ao conformismo.
2. A Crítica ao "Previsível" Um dos pontos fortes do poema é sua crítica à banalidade e ao conformismo, expressa na linha “O resto do previsível / Jamais será risível”. O poema sugere que aquilo que é previsível, ou seja, o que segue os padrões estabelecidos, é algo que não pode ser simplesmente desprezado com humor ou ironia. Ao invés disso, o previsível é tratado com uma certa seriedade quase trágica, como se fosse uma prisão da qual só a loucura poderia oferecer uma saída.
Essa ideia ressoa com movimentos artísticos que valorizam a ruptura com a norma, como o surrealismo e a Geração Beat, onde o convencional é visto como um estado de decadência ou limitação. No poema, o previsível se torna uma forma de opressão, e a loucura, uma forma de resistência.
3. A Loucura como Liberdade Criativa A ideia de que “a loucura é o exceto” é a conclusão mais poderosa do poema. A palavra "exceto" sugere não apenas uma exclusão, mas também uma exceção valiosa, algo fora da regra, que é essencial para escapar do comum. Nesse sentido, a loucura é apresentada não como um defeito ou uma anomalia, mas como um espaço de criatividade e autenticidade.
Esse ponto ecoa as tradições literárias que celebram o inconsciente, o irracional e o que escapa à lógica, como o surrealismo e a poesia de Antonin Artaud, que defendia a loucura como uma forma pura de expressão artística. Ao incorporar essa visão, o poema também desafia a visão tradicional de que a loucura deve ser curada ou controlada, oferecendo-a como uma alternativa vital ao conformismo.
4. O Diálogo Íntimo Ao se dirigir a uma “querida”, o eu lírico parece estabelecer um diálogo íntimo, compartilhando uma revelação pessoal. Isso cria uma camada emocional no poema, sugerindo que essa compreensão da ética e da loucura não é apenas uma teoria abstrata, mas algo vivido e sentido pelo sujeito do poema. O uso dessa figura de interlocutor, ainda que breve, confere um tom de confidência, como se o poeta estivesse tentando convencer alguém querido da importância da loucura na vida.
5. Forma Minimalista O poema utiliza uma estrutura compacta, com poucas palavras, mas cheias de significado. O uso econômico da linguagem reflete uma técnica minimalista, onde o conteúdo é condensado, o que exige do leitor uma participação ativa para interpretar as ideias. A escolha de versos curtos e a ausência de rimas complexas ou adornos estilísticos reforça o tom direto e quase cru, o que também pode sugerir uma influência da poesia concreta ou pós-modernista, que valoriza a simplicidade estrutural.
6. O Título e a Musicalidade do "Blues" O título "Blues da Loucura" traz uma referência ao gênero musical blues, conhecido por suas raízes na tristeza, no lamento e na alienação, mas também na resistência emocional. Embora o poema em si não tenha uma estrutura formal de blues, ele carrega em sua essência o espírito dessa música, ao abordar temas de dor existencial, ruptura e transcendência. A musicalidade do título sugere uma conexão emocional, algo que ecoa no tom íntimo e quase confessional do texto.
Considerações Finais O poema oferece uma reflexão poderosa e multifacetada sobre a condição humana, a criatividade e a alienação. Ele critica o conformismo e eleva a loucura como um estado desejável, talvez necessário, para escapar das limitações do previsível e da normatividade. Ao mesmo tempo, a linguagem é econômica, mas cheia de implicações filosóficas e literárias.
A força do poema reside em sua capacidade de sintetizar questões profundas em poucas linhas e criar um impacto emocional e intelectual no leitor. Ele convida à reflexão sobre o que significa viver de maneira ética e autêntica, e como a loucura pode ser uma forma de liberdade.
4 comentários:
O poema "Blues da Loucura" reflete sobre o contraste entre a ética e a loucura, e como esses conceitos se manifestam no processo criativo e na vida.
"Ser ético significa processar pelas vísceras": Aqui, a ética é associada a um processo visceral, algo que se faz de forma intensa e profunda, sugerindo que ser ético não é simplesmente seguir regras, mas sentir e viver com intensidade. As vísceras representam o instinto e a profundidade do ser.
"E quando o poeta esmaga o processo / O que sobra é o resto": O ato de esmagar o processo indica uma ruptura, um rompimento com essa intensidade ética ou criativa. O "resto" que sobra após esse esmagamento é o que resta quando o impulso criativo ou ético é anulado.
"O resto do previsível / Jamais será risível": O "resto" do previsível, ou seja, aquilo que é banal, comum, previsível, não é necessariamente algo engraçado ou desprezível. Aqui, há uma crítica à banalidade: o que é previsível não é objeto de riso, mas de indiferença.
"O que eu digo para você, querida / É que a loucura é o exceto": A loucura é colocada como o "exceto", ou seja, o que escapa ao previsível, ao resto. A loucura, nesse sentido, é o que foge da norma, da previsibilidade, do comum. Ao se dirigir a uma "querida", o eu lírico sugere uma conversa íntima, compartilhando a ideia de que a verdadeira diferença, ou exceção, é a loucura.
O poema parece sugerir que o que torna a vida ou a criação significativa é essa loucura, esse "exceto", que quebra o previsível e o banal, e que ser ético ou criativo de verdade exige intensidade, mas que, uma vez que o processo se quebra, o que resta é uma banalidade que não é nem digna de riso.
O poema "Blues da Loucura" parece ser influenciado por várias correntes e tradições literárias, filosóficas e musicais. Aqui estão algumas possíveis influências:
1. Existencialismo
O poema toca na ideia de que a ética é algo visceral e vivido intensamente, o que remete a influências existencialistas. Filósofos como Jean-Paul Sartre e Albert Camus defendiam que a vida é um processo de escolhas e experiências vividas em profundidade, com um constante confronto entre o indivíduo e a absurda previsibilidade da vida. A loucura aparece como uma forma de escapar ao “previsível”, um eco da ideia de que o ser humano tem de buscar sua autenticidade em um mundo marcado pelo absurdo.
2. Surrealismo
A noção de loucura como o “exceto” pode remeter à influência do surrealismo, movimento literário e artístico que celebrava o inconsciente, o irracional e o que escapava à lógica da realidade cotidiana. Poetas como André Breton e Antonin Artaud defendiam que a loucura tinha um valor criativo essencial, rompendo com as normas sociais e morais.
3. Blues e a Música
O título "Blues da Loucura" sugere uma influência direta do blues, um gênero musical que expressa sentimentos profundos de dor, luta e alienação, mas também de resistência e autenticidade. A forma como o eu lírico conversa com a "querida" lembra o tom íntimo e emocional das letras de blues, onde os músicos frequentemente falam de suas experiências pessoais, refletindo sobre as dificuldades da vida e a busca por sentido.
4. Poesia Beat
A abordagem crua e visceral do poema lembra a estética da Geração Beat, especialmente poetas como Allen Ginsberg e Jack Kerouac, que valorizavam a experiência direta, o rompimento com convenções morais e sociais, e o uso da linguagem para expressar angústia, transcendência e rebeldia. A ideia de que a "loucura é o exceto" ressoa com o romantismo beat pela marginalidade e pela exaltação do que está fora da norma.
5. Filosofia Nietzscheana
O conceito de loucura como uma força libertadora pode ter influências de Friedrich Nietzsche, que explorou a ideia de que os valores tradicionais (como a moral e a ética) muitas vezes sufocam o potencial humano. Em Nietzsche, a ruptura com a moral estabelecida pode levar a uma forma superior de existência, o "super-homem" que cria seus próprios valores. A loucura, nesse sentido, pode ser vista como uma maneira de transcender o previsível e abraçar a criatividade e o caos.
6. Poesia Concreta e Pós-Moderna
O minimalismo e a ruptura na estrutura do poema (uso econômico de palavras e frases curtas) podem também estar influenciados pela poesia concreta ou pós-modernista, que valoriza a condensação de ideias e a desconstrução de estruturas tradicionais da linguagem.
Portanto, "Blues da Loucura" parece mesclar essas influências filosóficas, literárias e musicais, criando uma reflexão sobre a condição humana, a ética, e o papel da loucura como uma forma de libertação e escape do previsível.
O poema "Blues da Loucura" oferece uma reflexão breve, mas densa, sobre o papel da ética e da loucura na experiência humana e no processo criativo. Embora compacto em sua estrutura, ele traz uma riqueza de ideias que dialogam com temas filosóficos e literários amplos. Aqui está uma análise crítica de seus principais aspectos:
1. Tensão entre Ética e Loucura
A abertura do poema, “Ser ético significa processar pelas vísceras”, já estabelece um contraste marcante entre a racionalidade ética e a visceralidade, ou seja, uma ética que não é puramente abstrata, mas que está ligada a emoções profundas e instintivas. Essa visão sugere que a verdadeira ética não se resume a seguir regras externas, mas exige uma vivência autêntica, carregada de intensidade emocional. Esse enfoque traz uma abordagem filosófica mais próxima do existencialismo do que de uma moralidade convencional.
Por outro lado, o poema contrapõe a ética com a loucura, sugerindo que a loucura é o “exceto” — aquilo que escapa do previsível, que está fora do domínio da normatividade. Essa dicotomia explora a ideia de que a loucura é uma forma de libertação, uma força criativa que rompe com o controle racional e ético. A loucura aparece aqui como um espaço de exceção, um refúgio para o "eu lírico", mas também uma alternativa à previsibilidade e ao conformismo.
2. A Crítica ao "Previsível"
Um dos pontos fortes do poema é sua crítica à banalidade e ao conformismo, expressa na linha “O resto do previsível / Jamais será risível”. O poema sugere que aquilo que é previsível, ou seja, o que segue os padrões estabelecidos, é algo que não pode ser simplesmente desprezado com humor ou ironia. Ao invés disso, o previsível é tratado com uma certa seriedade quase trágica, como se fosse uma prisão da qual só a loucura poderia oferecer uma saída.
Essa ideia ressoa com movimentos artísticos que valorizam a ruptura com a norma, como o surrealismo e a Geração Beat, onde o convencional é visto como um estado de decadência ou limitação. No poema, o previsível se torna uma forma de opressão, e a loucura, uma forma de resistência.
3. A Loucura como Liberdade Criativa
A ideia de que “a loucura é o exceto” é a conclusão mais poderosa do poema. A palavra "exceto" sugere não apenas uma exclusão, mas também uma exceção valiosa, algo fora da regra, que é essencial para escapar do comum. Nesse sentido, a loucura é apresentada não como um defeito ou uma anomalia, mas como um espaço de criatividade e autenticidade.
Esse ponto ecoa as tradições literárias que celebram o inconsciente, o irracional e o que escapa à lógica, como o surrealismo e a poesia de Antonin Artaud, que defendia a loucura como uma forma pura de expressão artística. Ao incorporar essa visão, o poema também desafia a visão tradicional de que a loucura deve ser curada ou controlada, oferecendo-a como uma alternativa vital ao conformismo.
4. O Diálogo Íntimo
Ao se dirigir a uma “querida”, o eu lírico parece estabelecer um diálogo íntimo, compartilhando uma revelação pessoal. Isso cria uma camada emocional no poema, sugerindo que essa compreensão da ética e da loucura não é apenas uma teoria abstrata, mas algo vivido e sentido pelo sujeito do poema. O uso dessa figura de interlocutor, ainda que breve, confere um tom de confidência, como se o poeta estivesse tentando convencer alguém querido da importância da loucura na vida.
5. Forma Minimalista
O poema utiliza uma estrutura compacta, com poucas palavras, mas cheias de significado. O uso econômico da linguagem reflete uma técnica minimalista, onde o conteúdo é condensado, o que exige do leitor uma participação ativa para interpretar as ideias. A escolha de versos curtos e a ausência de rimas complexas ou adornos estilísticos reforça o tom direto e quase cru, o que também pode sugerir uma influência da poesia concreta ou pós-modernista, que valoriza a simplicidade estrutural.
6. O Título e a Musicalidade do "Blues"
O título "Blues da Loucura" traz uma referência ao gênero musical blues, conhecido por suas raízes na tristeza, no lamento e na alienação, mas também na resistência emocional. Embora o poema em si não tenha uma estrutura formal de blues, ele carrega em sua essência o espírito dessa música, ao abordar temas de dor existencial, ruptura e transcendência. A musicalidade do título sugere uma conexão emocional, algo que ecoa no tom íntimo e quase confessional do texto.
Considerações Finais
O poema oferece uma reflexão poderosa e multifacetada sobre a condição humana, a criatividade e a alienação. Ele critica o conformismo e eleva a loucura como um estado desejável, talvez necessário, para escapar das limitações do previsível e da normatividade. Ao mesmo tempo, a linguagem é econômica, mas cheia de implicações filosóficas e literárias.
A força do poema reside em sua capacidade de sintetizar questões profundas em poucas linhas e criar um impacto emocional e intelectual no leitor. Ele convida à reflexão sobre o que significa viver de maneira ética e autêntica, e como a loucura pode ser uma forma de liberdade.
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